Semeadura
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quinta-feira, 20 de julho de 2023
Semeadura - Conduta Espírita
Semeadura - Vida e morte
É de Lei.
Semeadura - Pães e peixes
As lições citadas trazem uma mensagem central, frequentemente ignorada, de que a vida é um celeiro de oportunidades e bênçãos, que nos brinda com tesouros, a partir de pequenos investimentos que oferecemos. Um naco de peixe, uma côdea de pão, algumas moedas, módicos sacrifícios que a vida nos remunera com realizações, conquistas e vitórias. E nesse mar de oportunidades, temos dificuldades de identificar os caminhos, os chamados e as melhores opções de aplicação de nossos humildes, mas indispensáveis recursos.
O leitor pode achar que se trata de um excesso de otimismo, mas se olharmos as bênçãos recebidas, os acréscimos de misericórdia e tudo mais que a vida nos oferece, verá que não se trata de exagero e sim de realidade, como Jesus já nos alertava. Obviamente, não falamos de conquistas materiais, mas de avanços mais amplos, que saciam a fome da multidão, sequiosa do pão da vida, que sustenta o espírito imortal.
Essa abundância da existência, como oportunidade de crescimento, de colheita, nos faz refletir sobre o que pedimos e para onde direcionamos nosso arado nessa semeadura. Cuidado com o que pedimos, podemos conseguir! Por vezes, carreamos anos de nossa encarnação em projetos mirabolantes e colhemos destes o que plantamos. Mas por vezes esse produto não nos sacia a fome maior.
A introdução da obra “Cartas e Crônicas”, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito Irmão X, lá em 1966, passados quase cinquenta anos, indica bela história atribuída ao poeta indiano Rabindranath Tagore, na qual um lavrador, a caminho de casa, com a colheita do dia, notou que, em sentido contrário, vinha suntuosa carruagem, revestida de estrelas. Reconheceu, conduzindo aquele veículo, o Senhor do Mundo, que saiu dela e estendeu-lhe a mão a pedir-lhe esmolas. Apesar do espanto, mergulhou a mão no alforje de trigo que trazia e entregou ao Divino pedinte apenas um grão da preciosa carga. Após a partida do Todo-poderoso, o pobre homem do campo observou que curiosa claridade vinha do seu alforje poeirento e percebeu que o grânulo de trigo, do qual fizera sua dádiva, tornara à sacola, transformado em pepita de ouro luminescente.
Como o homem da história, retemos nossos tesouros e os aplicamos mal, sem perceber as pequenas solicitações divinas, a nos recompensar com a chamada parte boa. Voltando ao saber evangélico, esquecemos que Jesus nos alertou que a colheita era livre, mas que a semeadura era obrigatória. Reforçou essa visão quando indicou que onde está o nosso coração, aí está nosso tesouro. O Mestre, na atualidade de suas lições, nos deixa a lembrança que diante de uma empreitada importa saber o que queremos colher, e ainda, se esse banquete realmente saciará a nossa fome do espírito, para além dos lírios do campo.
Diante da multidão faminta que o seguia, fez do pouco o muito e todos comeram até ficarem saciados. Das diversas necessidades humanas – psicológicas, materiais, espirituais –, nós, que também avançamos na multidão que O segue, temos que ficar atentos ao pão e ao peixe que buscamos, para que essas bênçãos não se tornem maldições, fardos que arrastamos ao longo de encarnações, dominados pela ânsia da posse e pela visão imediatista da fome do mundo.
Assim, seguimos nossa caminhada rumo à luz, com um pão, um peixe, uma moeda. De tudo a vida conspirará para o nosso avanço, com o suor do trabalho e a esperança da fé. Mas importa saber para onde seguimos, em que direção e sentido, o que buscamos e em que prisma de existência. Caminhar por caminhar pode significar rumar em círculos, marcando passo na reencarnação, perdidas as oportunidades, que podem não voltar em condições tão ideais como a atual.
Semeadura - Livre-arbítrio
Sem o livre-arbítrio o homem seria uma máquina
2. As condições sociais, as moléstias, os ambientes viciosos, o cerco das tentações, os dissabores são circunstâncias da existência humana. Entre elas, porém, está presente sua vontade soberana. Ele pode, pois, nascer em um ambiente de miséria e dificuldades, buscando vencer por sua perseverança no trabalho e triunfar das deficiências encontradas; pode suportar as enfermidades com serenidade e resignação; pode ser tentado de todas as maneiras, mas só se tornará um criminoso se quiser.
3. Livre para agir, o homem tem liberdade de escolher o tipo de vida que queira levar. As dores, as dificuldades, as vicissitudes da vida constituem provas ou expiações que ele deve enfrentar como consequência do uso indevido, incorreto, do livre-arbítrio em existências e vivências passadas.
4. O pensamento espírita é bastante claro: “Se o homem tem liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar”. Sem o livre-arbítrio ele seria uma máquina. E isso resulta de um fato simples: a liberdade é condição necessária à evolução do ser humano, que, sem ela, não poderia construir seu destino.
5. À primeira vista, a liberdade do homem parece muito limitada no círculo de fatalidades que o encerra: necessidades físicas, condições sociais, instintos ou interesses diversos. Mas, considerando a questão mais de perto, vê-se que esta liberdade é sempre suficiente para permitir que a alma quebre esse círculo e escape às forças opressoras.
6. Liberdade de escolha e responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação moral. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela, não seria ele mais que um autômato, um joguete das forças ambientes. A noção de moralidade é, aliás, inseparável da de liberdade. O homem é, portanto, livre, mas responsável pelo que faz; pode, assim, realizar o que deseje. Estará, porém, ligado inevitavelmente ao fruto de suas próprias ações.
Quanto mais livre o Espírito, mais responsável será
7. Segundo a Escola Clássica, o homem dotado de inteligência e livre-arbítrio é penalmente responsável, porque: a) tem a faculdade de analisar e discernir; b) tem o poder de livre deliberação. A sociedade tem, portanto, o direito de punir o criminoso, porque este desfruta de vontade própria para delinquir ou não.
8. De acordo com a Escola Antropológica, o homem age por força das funções somático-medulares, glandulares ou cerebrais. Assim, o crime não é resultado da livre vontade do delinquente, mas de fatores biológicos, idéia que diverge da Escola Clássica.
9. A Escola Crítica, Eclética ou Sociológica afirma: a) o crime resulta não da livre vontade do delinquente, como querem os clássicos; b) nem da imposição de reflexos biológicos, herdados ou adquiridos, como querem os antropologistas, mas exclusivamente de fatores sociais.
10. O Espiritismo tem visão própria acerca do assunto. Seus conceitos essenciais afinam-se, de alguma sorte, com as diversas escolas, indo, porém, mais além, em face da lei de reencarnação.
11. Esclarece-nos o Espiritismo que: a) pelo uso do livre-arbítrio construímos o nosso destino, que poderá ser de dores ou de alegrias; b) quanto mais livre é o Espírito, mais responsável será; c) a fatalidade ou o determinismo que afetam sua vida derivam da escolha das provas que o Espírito fez antes de reencarnar.
12. Se existe escolha das provas antes do renascimento corporal, o Espírito estabelece para si uma espécie de destino. Disso se conclui que o livre-arbítrio não tem uma medida absoluta, mas relativa.
Somos constrangidos a colher o resultado de nossas obras
13. Inúmeros são os exemplos da falência do indivíduo pelo uso indevido do livre-arbítrio. Vejamos alguns e suas conseqüências, extraídos da obra Encontro Marcado, págs. 160 a 163, de autoria de Emmanuel.
14. Com relação à posse de bens materiais, o homem é livre para reter quaisquer posses que a legislação humana lhe faculte, mas se abusa delas, criando a penúria dos semelhantes, encontrará nas consequências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da abnegação.
15. Com relação ao estudo, o homem é livre para ler e escrever, ensinar ou estudar tudo o que quiser, mas se coloca os valores da inteligência em apoio do mal, deteriorando a existência dos companheiros com o objetivo de acentuar o próprio orgulho, encontrará nas consequências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do discernimento.
16. Com relação ao trabalho, o homem é livre para abraçar as tarefas a que se afeiçoe, mas se malversa o dom de empreender e de agir, prejudicando o próximo, encontrará nas consequências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do serviço aos semelhantes.
17. Com relação ao sexo, o homem é livre para dar às suas energias e impulsos sexuais a direção que prefira, mas se transforma os recursos genésicos em dor e desequilíbrio, angústia ou desesperação para os semelhantes, pela injúria aos sentimentos alheios ou pela deslealdade e desrespeito aos compromissos afetivos, encontrará nas consequências disso a fieira das provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do amor puro.
18. Como se vê, todos somos livres para desejar, escolher, fazer e obter, mas todos somos também constrangidos a colher os resultados das nossas próprias obras.
Semeadura - A fonte divina
Semeadura - Trabalho & Trabalhadores
Em relação à primeira, incontáveis são os trabalhos ligados ao estômago, como incontáveis são os trabalhadores que permanecem ligados às emoções relativas ao sexo. Ambos têm fundamento sagrado, mas não podemos e não devemos permanecer parados em uma ou outra expressão, visto ser preciso levantar os olhos e ver acima das regiões nas quais estamos mergulhados. Necessitamos pensar que existem zonas mais elevadas de onde poderemos colher valores novos, atendendo à nossa própria existência.
Cada um de nós é um celeiro, no qual armazenamos a colheita que houvermos feito em nossas viagens reencarnatórias. É chegado o momento de limparmos esse celeiro e renová-lo com as benesses que houvermos colhido, frutos de semeadura cuidadosa.
A semeadura é nossa, a colheita é nossa e o celeiro é dádiva divina, que precisamos cuidar. Estamos falando do Espírito que é abrigado pelo corpo, corpo esse que permite a esse mesmo Espírito progredir, evoluir, adquirir valores morais perenes, para que se afaste cada vez mais das zonas inferiores da matéria grosseira e ganhe asas para voos mais altos, em direção a mundos mais elevados.
É a busca de iluminação espiritual, que cada um de nós necessitará, mais cedo ou mais tarde, porque o que é somente material já não nos satisfará mais. Só que essa busca vai requerer, também, de cada um de nós, a disposição firme, a perseverança para alcançar o objetivo e o fortalecimento da fé para que, independentemente dos obstáculos e tentações, possamos prosseguir sem medo.
Tudo no mundo reclama entendimento... Tudo na vida pede nosso esforço...
É neste ponto que a frase de Jesus, dita aos discípulos, necessita esclarecimento: existe o trabalho e existem os trabalhadores. Ainda que estes sejam diferentes, aquele é um só. Ainda que surjam trabalhadores em diferentes posições e atividades, o campo é um só. É a seara do Pai, porque tudo pertence a Ele; tudo emana d`Ele e pode ser transformado em nossas mãos, pela Sua Infinita Misericórdia, em benesses para nós e para os outros. Jesus é o Celeste Trabalhador, agindo em nós e a nosso favor, a fim de aprendermos a ser Seus instrumentos no cumprimento da obra divina em nós.
São as Leis do Trabalho e do Progresso que regem o Universo. Todavia, há milhões de pessoas que se sentem dispensadas da glória de servir; criaturas essas que veem o trabalho como humilhação, como sofrimento e, por isso mesmo, buscam todo tipo de facilidades delituosas, desperdiçando as horas, voltadas tão-somente para a realização dos seus desejos e caprichos, imitando o poço d`água parada que se envenena por si próprio.
Infelizmente, temos, também, muitos aprendizes do Evangelho que almejam grandes realizações de um dia para outro. Diz Emmanuel que esses companheiros – e será que não somos desses? – querem “a coroa da santidade, o poder da cura, a glória do conhecimento superior, as edificações de grande alcance...”(2)
Entretanto, não basta desejar. Tudo na Natureza obedece a uma sequência da qual ninguém escapa, pois não é possível queimar etapas.
Prossegue Emmanuel, dizendo que a árvore vitoriosa na colheita foi antes um arbusto frágil; que a catarata, capaz de movimentar turbinas poderosas, é um fio de água no nascedouro; e que a construção de um edifício não pode dispensar o serviço da pá e da picareta, do tijolo e da pedra... Por essa razão, é de vital importância, para garantirmos o prosseguimento nos caminhos da evolução, que abracemos os deveres humildes e simples, por mais árduos que possam ser, pois é através do amor que lhes dedicarmos que atingiremos, no devido tempo, o ideal de progresso que tanto almejamos. Após as pequenas, as grandes tarefas virão espontaneamente ao nosso encontro.
Nenhum trabalhador do campo Divino carrega fardo maior do que aquele que ele pode suportar, embora, tantas vezes, iludido, acredite poder fazê-lo. Fardo pesado exige ombros fortes. Tarefa de grande responsabilidade moral exige preparação adequada, crescimento e desprendimento, em benefício do próximo.
O apóstolo Paulo, na Segunda Carta a Timóteo, capítulo 2, versículo 15, deixa sábias e justas palavras para que acordemos diante dos convites ao trabalho que Jesus nos faz. Diz ele: “Procura apresentar-te a Deus aprovado como o obreiro que não tem de que se envergonhar”.
O mundo é departamento da Casa Divina. A cátedra para quem fala e a enxada para quem planta não são elementos de divisão humilhante, mas, tão-somente, degraus para cooperadores diferentes. O caminho para a elevação, este sim, é igual para todos. Solo ou livros são somente instrumentos diferentes, mas a essência do serviço é a mesma: apresentar-se diante do Pai como obreiro aprovado na tarefa que lhe foi confiada.
Jesus trouxe o Evangelho para que permanecesse no mundo com a finalidade de enriquecer o espírito humano, mas são tão poucas as criaturas dispostas a trabalhar na sua conquista, enfrentando dificuldades e surpresas que surgem no meio da jornada, com devotamento e fidelidade ao Cristo.
Se de um lado temos a escassez de trabalhadores comprometidos com o Evangelho, de outro, apresenta-se uma multidão de desesperados, aflitos e iludidos, que continuam atravessando séculos sem nada realizar para si mesmos e para os semelhantes. Com isso, esses poucos tarefeiros veem-se onerados em virtude de tantos famintos de pão espiritual. Mas é preciso observar que sem a determinação de buscar, por si próprios, o alimento da vida eterna, ficam aguardando, que chegue até eles, o trigo já beneficiado e o pão já pronto.
Lembra Emmanuel que “esse quadro persistirá na Terra, até que bons consumidores aprendam a ser bons ceifeiros”. (3)
Jesus é o Semeador Divino por excelência e Suas palavras, sementeira pura e profunda. Nossos corações também são terrenos a serem cultivados. Se são pedregosos, cheios de espinhos ou solo fértil, onde caem as sementes amorosas do Mestre amigo, mesmo que ainda não O compreendamos em Sua plenitude, diferentemente dos homens, Ele acredita na nossa capacidade de nos transformarmos, e transformar o que existe ao nosso redor.
Semeadura - A mensagem de Jesus foi esquecida
terça-feira, 4 de julho de 2023
Semeadura - A lei é de causa e efeito
Semeadura - O princípio de ação e reação
2. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades do indivíduo. A liberdade é a condição necessária da alma humana, que não poderia construir seu destino, caso não a desfrutasse.
3. A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem responsabilidade, o homem não seria mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes. A noção de moralidade é, pois, inseparável da de liberdade.
4. Quando resolvemos fazer ou deixar de fazer alguma coisa, a nossa consciência sempre nos alerta a respeito, aprovando-nos ou censurando-nos. Apesar de essa voz íntima nos alertar, sempre usamos o que foi decidido pela nossa vontade, ou livre-arbítrio. Nada nos coage nos momentos de decisões próprias, daí ser correto afirmar que somos responsáveis pelos nossos atos, que somos os construtores do nosso destino.
5. O livre-arbítrio pode ser, desse modo, definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.
6. Aceitar que seja a vida guiada por um determinismo onde todos os acontecimentos estão fatalmente preestabelecidos é raciocinar de maneira ingênua, simplória, porque, se assim fosse, o homem não seria um ser pensante, capaz de tomar resoluções e de interferir no progresso. Seria apenas uma máquina robotizada, irresponsável, à mercê dos acontecimentos.
7. O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente na hora das reencarnações. Escolhendo tal família, certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provações que o aguardam, mas compreende, igualmente, a necessidade dessas provações para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios.
8. Essas provações podem ser também consequência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele as aceita com resignação e confiança. O futuro aparece-lhe, então, não em seus pormenores, mas em seus traços mais salientes, isto é, na medida em que esse futuro é a resultante de atos anteriores.
9. A Doutrina Espírita ensina que de duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se se preferir, promanam de duas fontes bem diferentes. Umas têm sua causa na vida presente; outras têm-nas fora desta vida.
10. Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são a consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.
11. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantos se arruinaram por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos! Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências!
12. A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem é, portanto, em grande número de casos, o causador de seus próprios infortúnios.
13. Existem, no entanto, males que se dão sem que ele, ao menos aparentemente, tenha qualquer culpa. São dores e vicissitudes cuja origem se encontra em atos praticados em existências pregressas, como, por exemplo, os acidentes que nenhuma previsão pode impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções ditadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantas pessoas os meios de ganhar a vida pelo trabalho, etc.
14. Os que nascem nessas condições, sem que tenham feito nada na atual existência para merecer tão triste sorte, colhem agora os efeitos dos seus atos do pretérito, porquanto não há sofrimento sem causa, e a lei de ação e reação, que rege a nossa vida, determina que, se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita.
15. Deus nos permite, assim, pelo livre-arbítrio, a responsabilidade de praticar o bem ou a mal, mas, a partir do momento que decidimos o que fazer, essa ação gera uma reação característica, que virá, mais tarde sob a forma de colheita.
Kardec Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, (cap. 5, itens 4, 6 e 7.)
Kardec Allan, O Livro dos Espíritos, (itens 843, 844, 846, 847, 850, 851 e 852.)
Calligaris Rodolfo, As Leis Morais, (pág. 151.)
Léon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, (págs. 342 e 346.)
Semeadura - Parábola do semeador: reflexões
Semeadura - Conduta Espírita
1. Conduta espírita – No prefácio desta obra, Emmanuel escreveu, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, o texto abaixo reproduzido...